Vai não Vai
Denunciei irregularidades da Vai-vai e sou acusado de racismo pelo presidente da escola de samba
“(…) Amigos leitores, hoje escrevo por ter me tornado uma pseudocelebridade e um possível candidato ao IML. Ao abrir o jornal O Estado de São Paulo de 09/11/2007, percebo que minha luta pelo cumprimento das leis está tomando as proporções devidas. O Jornal da Tarde publicou a mesma matéria, porém mais completa. O Portal da Oi também publicou na íntegra, leia aqui.
Ao contrário do que se alardeia, não estou em uma cruzada contra as culturas populares, o samba, as etnias, ou sei lá o que mais quiserem me acusar. O que quero é que cessem os ensaios ao ar livre, que próximos ao Carnaval, chegam a ser três na mesma semana. Sugiro que os ensaios sejam realizados no sambódromo até que a escola construa um galpão com estrutura para realizar seus “eventos”.
Sou ameaçado categoricamente por uma acusação de racismo e crime de preconceito por ter feito um videodenúncia (você também pode ver clicando aqui, aqui ou aqui) com quase todas as irregularidades que a “escola” de samba Vai-vai, cujo porta-voz é seu presidente Tobias da Vai-Vai, incorre repetidamente todos os domingos em via pública.” – Marcelo, do Blog do Insight.
E por aí vai(vai) o texto que é muito pertinente e merece uma leitura. Não me contive e decidi comentar aqui também:
Como brasileiro que sou, tenho de concordar que essa manifestação é algo tipicamente nacional e por isso traz todo o meu apoio. É necessário gritar e fazer barulho quando a ocasião assim se mostra necessária.
Se o próximo não mostrar-se compreensivo e resignar-se a aceitar os eventuais choques culturais e sociais, é preciso lembrar que tal manifestação não é oriunda de apenas uma questão individual, mas de uma representação em prol do coletivo que tem como função manter (da melhor maneira possível) um nível de organização e comunhão com sua sociedade.
Se o conflito é inevitável, fiquemos do lado daquele que melhor representa as qualidades que muitos brasileiros precisam.
Entendam como quiser.
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novembro 14, 2007 às 10:12 am
Parabéns por falar algo verdadeiro e que incomoda muita gente, dos dois lados da questão. Eu estou do lado que acha que o barulho precisa ser contido mesmo porque só porque é tipico não significa ter de gostar. Mas é como tudo que arrasta multidões: é dificil você falar sobre uma forma mais contida ou de lugar específico sem ser acusado de preconceito e etc. É uma pena que as pessoas esqueçam tão facilmente que os direitos delas terminam onde começam os dos outros.
novembro 16, 2007 às 1:19 am
VAIVAI? Em nome de Deus o que e isto????????
novembro 19, 2007 às 9:31 am
Tudo se resolveria civilizadamente se o reclamante, como bom brasileiro que deve ser, aceitasse duas mulatas depiladas para serem apreciadas durante os ensaios e uma cadeira cativa no camarote da Brahma.
Não sou o reclamante, mas ainda assim, agradeço e aceito, se a Vai-vai gentilmente assim me presentear.
Se ele for chegado numa jeba, poderiam mudar para dois negões sarados. Hang loose, paz e amor e vida dia 13 maio e dia 20 de novembro, oras!
novembro 20, 2007 às 7:19 pm
Ô Marron, como é que vc sabe que já me ofereceram duas mulatas? Tentaram te “subornar” também?
Se eu tivesse aceito a primeira oferta resolveria um problema que não tenho e criaria um outro tanto em casa!
novembro 25, 2007 às 2:48 am
hahahahahaha Hilariamente vago, adorei.
E o Vitorino, apareceu, ah, moleque, que moral que o Brasileiro tem.
novembro 28, 2007 às 10:27 pm
eu não diria racista, mas definitivamente eu digo maniqueísta quando assisto o filme até o fim.
o marcelo no mínimo questionou, no texto-digno-de-ser-lido, a autenticidade da vai-vai como uma organização produtora de cultura. não é necessário ser mestre em antropologia pra dizer que esta visão é etnocentrista. recorrência ao uso de aspas pra dizer “eventos” , “escola”, etc., é no mínimo um indício de… desqualificação, não? ^^
e confesso que mantenho forte o meu pé atrás quando leio os comentários anti-vai-vai. no blog do dito cujo. exemplo:
“É preciso os membros da raça negra se voltarem para a escola, para a cultrua, e principalmente serem mais patriotas, pois, são brasileiros, a africa que eles proclamam até hoje é sub-desenvolvida …”
num dá né?
dezembro 1, 2007 às 12:52 am
Caro Tiago, garanto não haver qualquer tipo de manipulação nos comentários. A minha política de moderação consiste apenas em autorizar somente comentários com e-mails válidos.
Quanto a desqualificação dos “eventos”, os trato desta forma por não se tratarem de ensaios voltados para o Carnaval, mas sim shows em via pública com utilização de equipamento eletrônico e cobrança de ingresso.
Se fossem apenas ensaios porque não realizá-los em horário mais compatível?
dezembro 14, 2007 às 4:35 pm
fiz um novo post: http://insightpublicidade.wordpress.com/2007/12/13/prefeitura-faz-vista-grossa-e-inferno-continua/
nele agradeço ao autor do O Brasileiro. Um abraço,
Marcelo Vitorino
dezembro 24, 2007 às 2:35 am
não acho que você manipule os comentários, você é muito coerente e cuidadoso na administração do seu discurso – inclusive juridicamente. só acho que a maioria dos comentários favoráveis a você são extensões do seu ponto de vista.